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A Dor Que Leva ao Amor, Mudar o Que Erramos Corrigir a Nossa Rota


     O peito ardendo em agonia.
     A culpa que corrói.
​
          O remorso queimando em brasas, de um erro cometido e que o tempo não pode jamais corrigir.
um erro cometido e que o tempo não pode jamais corrigir.

Os romances, as estórias de ficção, os épicos livros medievais, estão cheios de heróis e heroínas que choram seu desespero pela culpa que carregam em não poder consertar o mal do mundo.

Mas, afinal, o que é o bem e o mal?

Na modernidade, tenta-se negar que a culpa seja um instrumento de humanização.


     Como a culpa pode me elevar?
     A culpa te humaniza te faz refletir sobre o erro cometido para nunca mais errar.
     Quando você acelerou demais o carro e por consequência capotou, a culpa te corroeu?
     E você alguma outra vez correu?

     Não existe elevação moral sem a culpa.
     Um homem sem culpa é como um mundo sem cor.
     Volte aos seus vinte e poucos anos, lembre a pessoa que era, e hoje a pessoa que se tornou.

     O que te transformou?
​     As festas com os amigos, ou os erros cometidos que te jogaram nos fundos precipícios existenciais te chamando para o novo.

A experiência da culpa elimina o mal do ser humano
MUDA. 
​

Era isso que a vida te pedia enquanto te culpava pela omissão ou pelo erro cometido. A experiência da culpa elimina o mal do ser humano, devolvendo o que ele tem de melhor.


     Aprender com a dor.
     Dostoévski é um clássico.
     Comentar sua peça teatral, onde a culpa é bela e transformadora, é uma inspiração.

     Os clássicos ainda vibram dentro da literatura.
     Dostoévski, Shakespeare.
     São imortais.
     Suas frases eternizam-se entre tudo de mais belo que a humanidade já produziu.

     A leitura de suas palavras, escritas nos papiros do tempo, nos remete a uma das reflexões mais antigas que o homem já produziu.
     Quem somos?

      O famoso conto “Sonho de um homem Ridículo”, uma obra de Dostoévski, é peça fundamental para leitura.
     Uma obra para se ler de joelhos.

     Negar a sua beleza, a essência que traz em seus manuscritos é mera ignorância.
     E a ignorância é a nuvem que cobre o sol da sabedoria, capaz de despertar o ser humano do seu sono medieval.

     Um sono repleto de mundo sem dor, caminho sem espinho, um ninho de amor.
     O que seria do Amor sem a dor?
     A dor de uma saudade no silêncio de uma despedida, quando somos obrigados a suportar a dor de uma partida.

     Dor e Amor cruzam-se a todo instante nas obras clássicas e na literatura moderna.
     E não é para menos.
     Para chegar até um sentimento, é essencial passar pelo outro.

     Onde não a dor, o mal se banaliza.
     “Senhora dos afogados”, uma obra teatral de Nelson Rodrigues, é um conto para se ajoelhar e ler.
​     E porque se ajoelhar?
 
   O ato de se ajoelhar remete o homem à reflexão desde o mais remoto passado, perdido nas poeiras do tempo.

     De joelhos o homem vê seus medos, suas mais inquietantes inseguranças, e sua limitada capacidade de amar.

     Mesmo que se sinta a mais efêmera das criaturas diante da enormidade do universo, o ato de ajoelhar-se e chorar o elevam para a grandeza que possui: Sentir a humildade brotar em seu coração arrependido.
     É a dor novamente agindo.

     O choro convulsivo nos eleva nos tira da obediência servil que nos serviu de instrumento para a elevação.

     E a obediência servil que a Igreja por séculos nos mostrou, colocando-nos como filhos do pecado, apenas colaborou para a escuridão de um milênio.

     Quando remoemos a dor sem enxergar seu benefício estacionamos em um determinado ponto de uma linha férrea, aonde o trem da vida, certamente chegará e nos empurrará para frente novamente.

     A verdadeira humildade, não está nos falsos preceitos recitados em um sermão sem açúcar.
     Está na doçura de aprender com nossos erros.
​
     Afinal, quem nunca errou?
     Quem nunca mais irá errar?
Afinal, quem nunca errou? Quem nunca mais irá errar?
     Somos condicionados a fugir desse sentimento que nos incomoda, mas a mudança nos incomoda, e no fim, como é gostoso mudar.

     Mas, voltando ao conto de Nelson Rodrigues, que nos mostra um homem beirando o ato do suicídio, assim como os diversos personagens na literatura de Dostoiévski, que busca com a morte libertar-se desse mundo desastroso.
     Ledo Engano.
​
     Voltando para casa, o personagem vê uma linda estrela, decide dessa forma que aquela é a noite perfeita para cometer o suicídio.

     No caminho, olhando apenas para dentro de si, não dá importância para uma pequena menina, que em desespero, implora ajuda para sua mãe doente.
     Sua glória é deixar o mundo.
     O seu egoísmo está distante da verdadeira caridade.
     Chega em casa, pronto para suicidar-se, mas acaba adormecendo.

     Embarca em um lindo sonho, encontra-se em um paraíso onde as pessoas vivem absolutamente felizes, sem sofrimento.
     Não há mentira nem hipocrisia, não há dor nem agonia.
     A perfeição é tamanha, que as pessoas entorpecidas pela felicidade nem ao menos conversam entre si.

     Seria aquele o paraíso real, ou a sua escassa noção de paraíso?
     O encantamento aos poucos vai sendo substituído pelo desespero do vazio que invade a sua alma.

     Ao despertar o candidato ao suicídio chora profundamente ao descobrir que não há amor sem sofrimento.
​     Afinal, ele deve ter se esquecido da história mais clássica da humanidade, a vida de Jesus.
Não há mentira nem hipocrisia, não há dor nem agonia.
     A vontade de se matar sumira.
     Busca dentro de si a razão para tal mudança, e percebe que já não é a mesma pessoa de antes.

     Mas porque repentina mudança?
     Nas profundezas do seu inconsciente percebe que fora o responsável pela quebra do paraíso.
     A serpente era ele.
     Não era o Adão da bíblia, mas sim a cobra traiçoeira que envenenara no mundo com seus sentimentos mais mesquinhos.

     Mas como chegar ao sublime sentimento de paz e amor sem conhecer os seus antônimos, o ódio e a guerra?
     Afinal, a guerra é um produto da paz.

     Ele se levanta, e decide então que não pode deixar o mundo, mas colaborar para transformá-lo.
     Abre a porta e sai em busca da menina.
     O egoísmo abre-se para a caridade.
     A experiência da dor o leva ao amor.

     As guerras cotidianas vencidas na batalha do dia-a-dia o levam a paz tão almejada.
     Afinal, o que de fato seria um mundo feliz?
     A ociosidade de uma alegria mórbida e sem desafios?
     Ou a superação de enormes problemas resolvidos com determinação e bravura?

     O tempo irá dizer.
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