A Transformação do Egoísmo em Uma Sociedade mais Egoísta
A sociedade tornou-se mais egoísta, ou apenas enalteceu um sentimento milenar?
Nos dias atuais, estamos convivendo em uma sociedade, onde a cada dia a estrutura familiar vem sendo deixada de lado, e as pessoas, buscam a cada dia novas experiências e novos estilos de vida cada vez mais egoístas.
O trabalho consome homens e mulheres, que cada vez mais dedicados nas suas atividades profissionais deixam de lado, o alicerce que para todas as religiões era a base da sociedade, a família. Entretanto, em um mundo cada vez mais globalizado e egoísta paira uma questão para lá de importante, as pessoas estão se tornando mais egoístas, ou apenas enaltecendo o egoísmo que vêm desde os anos mais remotos da humanidade?Entre pensamentos e filosofias, as opiniões vão se dividindo. De acordo com o filósofo Luiz Felipe Pondé as relações humanas nunca foram tão ruins, já que envolvem homens e mulheres cada vez mais egoístas. Mas, esse pensamento pode ter uma verdadeira contradição, afinal, as mulheres ganharam cada vez mais independência e autonomia no decorrer do último século. |
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O papel da mulher na sociedade
Até meados do século passado, a mulher não podia dirigir e nem votar, e com o tempo foi conquistando os seus direitos, sendo hoje representada por inúmeras outras mulheres nos mais diversos segmentos da humanidade. Então, uma pergunta, ronda o nosso pensamento, nos convidando para a reflexão, se as mulheres nunca foram tão independentes como hoje, os laços de família estão sendo destruído pelas próprias mulheres? Ou será que os laços de família, eram uma troca desigual, onde a mulher submissa precisava obedecer todos os caprichos masculinos, engolindo suas mágoas, e confortando-se em sermões ideológicos e demagogos da Igreja? Dificilmente chegaremos em uma verdade absoluta, mas o acompanhamento das transformações sociais e do comportamento humano estão nos mostrando uma sociedade cada vez egoísta. |
Talvez, esse fato possa ser momentâneo e passageiro, e o ápice do egoísmo possa levar as pessoas à reflexão muito mais profundas sobre os seus atos.
Qual será o futuro das famílias?
Essa é uma questão contemporânea que gera debate entre os mais variados filósofos, será que a família no formato como a conhecemos hoje irá desaparecer?
Se o egoísmo avançar a largos passos, entre homens e mulheres da atualidade, sobrará espaço para a constituição da família e a criação dos filhos?
Ou a criação e educação dos filhos será algo cada vez mais terceirizado, para escolas e profissionais do ramo que terão além da obrigatoriedade de repassar o ensino técnico, também passar o ensino moral? Realmente, essa é uma questão que poderá nos levar a dois caminhos. O primeiro, ao desmonte total da estrutura familiar, onde divórcios e relações livres serão cada vez mais frequentes dentro do nosso cotidiano. O segundo, à uma reavaliação comportamental por parte do homem e da mulher, que conseguirão firmar um acordo de relacionamento. Onde a união por conveniência perderá espaço dando lugar para relacionamentos com sentimentos mais reais e duradouros. A verdade que é inquestionável, é que na sociedade moderna, não há mais espaço para relações superficiais. E as pessoas estão a cada dia descobrindo novos formatos de amor, como amar uma pessoa do mesmo século, ou amar mais do que uma pessoa. Até onde essa modernidade irá chegar, e onde será o limite dela, é difícil mensurar, bastando apenas ao tempo dizer. |
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A tecnologia agravando o egoísmo
Uma das questões modernas, que também podemos enaltecer sobre o conceito do egoísmo é o uso cada vez mais frequente e desenfreado da tecnologia.
Existem famílias inteiras na atualidade que ao se sentarem ao redor de uma mesa, prendem-se cada um em seu mundo, através de conversas paralelas em redes sociais, ou grupos de WhatsApp.
Essa característica que hoje é adotada por muitos pais acaba sendo copiada pelos próprios filhos, e enaltece o egoísmo, visto que extingue os últimos momentos que uma família poderia usar para o diálogo humano.
Nesse sentido, percebemos que a tecnologia que poderia ser uma excelente aliada para que o egoísmo fosse perdendo força dentro de cada pessoa está contribuindo para o aumento do mesmo em níveis cada vez maiores.
Surge o questionamento contemporâneo sobre então o uso e os limites da tecnologia.
E até onde ela pode influenciar o comportamento humano, e indo mais além, podemos inclusive questionar se ela mudou o comportamento humano ou apenas enalteceu um comportamento já existente mas apenas adormecido.
Quando a caridade substituirá o egoísmo?
Essa é uma questão milenar, que foi passada de séculos em séculos pelas religiões do mundo e até hoje não conseguimos dar uma resposta, existe caridade no ser humano?
Como podemos ver, apesar dos avanços tecnológicos, e das descobertas científicas, a questão moral da humanidade parece ter estacionado no tempo.
Até mesmo regredido no tempo, e a caridade, que é o sentimento antônimo do egoísmo parece que nunca esteve tão distante, salvo alguns casos raros de pessoas altruístas.
Mas, a verdade inquestionável é que, verdades ou inverdades a parte, o egoísmo nunca foi tão notado como na atualidade, bom ou ruim, somente o tempo irá dizer.